São mesmo...já se aperceberam disso certamente.
Como é incrível como certos cheiros nos remetem imediatamente para esta ou aquela altura da vida, ou esta ou aquela ocasião, lugar...
Há pouco tempo experimentei isso com o cheiro a eucalipto queimado...imediatamente fiquei a kilometros de Lisboa, longe do barulho e da poluição, para estar sentada no alpendre da minha avó paterna a brincar com umas tigelinhas de plástico de cor azul. Foi uma sensação fantástica!
Outra situação é a da comida...quantas e quantas vezes não nos cheira à sopa da mãe?...e lá estamos nós sentados á mesa, a fazer fita que não queremos comer...e depois dá vontade de rir porque de facto , hoje já adultos, sopinha da mãe sabe tão bem !!!! (sobretudo se não tivermos tempo de a fazer na nossa casa!)
Tantas recordações que nos assolam a memória com este ou aquele cheiro...o da chuva...o do mar...o do perfume do marido...que tantas vezes me leva a lembrar as 1ªs vezes que saíamos para tomar café....hihihihi....
A quer cheiram as vossas memórias?
Mimi :D
1 comment:
As minhas memórias não cheiram às mesmas coisas que as tuas. Não me sobressaltam imagens de relevância significativa. Mas por vezes tento fazer o contrário; isto é, tento lembrar-me de um determinado cheiro ou sabor à muito esquecido. Por vezes consigo activar essas sensações pela concentração e esse determinado sabor desce pela garganta e mata-me a fome psicológica.
Devias lêr "Em busca do Tempo Perdido" do Marcel Proust. Cinco ou seis tomos sobre a importância da memória e como ela é activada por imagens, cheiros e sabores. Um aviso porém: a obra além de ser gigantesca não possui uma narrativa muito apelativa para os nossos critérios literários de hoje. O que interessa reter é a sua perspectiva da memória sensorial.
Beijos
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